terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

semi - plágio


minha inspiração: ruas.
isso dá sorte: acredite, não dá.
livro: dá vontade de sorrir e dizer que é teu.
lugar para descansar: cama com lençol lavado.
três acessórios indispensáveis: papel, caneta e relógio.
uma doce tentação: leite condensado escondido no armário até o final de mês.
meu carro: que merda, odeio ser fútil. me dá.
minha mesa de trabalho: bagunça, papel importante não-lido, computador à vista, janelinhas piscando, comida ao lado.
vou jantar sempre: sentado no chão, descalço, todo aberto, comendo a comida com o meu cabelo junto e o prato apoiado na barriga - vide menino do buchão.
tenho no meu guarda-roupa: traças, dinheiro, papéis avulsos, roupa amarrotada e suja, coisas quebradas que vou ajeitar um dia, roupas rasgadas que uso todos os dias; falta de vergonha na cara.
animal de estimação: o meu múltiplo filhote - cachorro, gato, foca, urso, criança - apóllo.
o que vejo na tevê: comerciais interrompidos, indignação, trotes, encenação, espetáculos bizarros, pão, circo.
perfumes que usa: ocre de todo dia.
na praia: cheiro de sal, bochecha vermelha, música. vento, vento.
segredos de beleza: arrotar, peidar, dizer que vai cagar, feder, ignorar o bom vocábulo.
bebida predileta: suco de goiaba.
cd que não sai do aparelho: todos saem.
filme que ficou na memória: nenhum fica, memória velha, boba. o mais recente que ainda tá nessa imprestável - o cheiro do ralo.
livro de cabeceira: coisa mais 'pife-pafe', questionário da veja, entrevista da troppo. recuso-me. ai, mediocridade (ai, mediocridade).
produtos de cabelo: água e vento.
a maior maravilha cosmética: a que eu não uso.
sempre carrego na mochila: carteira de meia-passagem, porque sou estudante e pago meia com dez reais!
três cores que me alegram: antes me alegrassem, essas inúteis!
a peça campeã de uso: blusa vermelha.
uso e não estou nem aí: a mesma roupa repetidas vezes em dias consecutivos sem lavar, cabelo bagunçado, havaiana suja, (des)combinações, cueca velha, samba canção rasgado.
o que não pode faltar em casa: comida!
canto preferido da casa: ‘sala’ - diriam. digo, o chão do meu quarto, é o melhor.
não vendo, não troco, não empresto: eu.
programa legal em casa: ler na cadeira, de balançar, do sono.
o prato que sempre dá água na boca: arroz, feijão e carne.
tenho mania: de coçar o olho, morder a boca, mecher no cabelo, tirar caspa, roer unha, fazer caretas, sentar de perna aberta.
minha idéia de diversão: comer, falar, rir, até não se saber mais como se fazem essas coisas.
palavra que defina estilo: ai, que original. meu, caralho, ô!
objeto de decoração que mais gosta: decoração? eu? só se fosse útil.
um cheiro que me lembra infância: só um? cheiro da água na bacia de alumínio no pátio da vovó.
sonho de consumo: um livro meu. não, vários, há, há, há!
uma ação que me deixa calmo: escrever.
astral é: idiota. entendeu errado, né? não, idiota, é esse.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

E todos esses pesadelos que tive quando criança
E a manhã que sempre veio, veio muito tarde
O que a minha mente esqueceu, esqueceu de esconder
Poderia o pesadelo ter acordado ? eu não sei
Dentro ou fora, cima ou baixo, nunca sei, é uma ilusão
Voltas e voltas, sempre e sempre, todos os dias aumenta a minha confusão

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Coisas de final de ano

já tenho todos os incentivos que me faltavam:
- estudar desesperadamente na ultima semana e meia que me restam;
- (con) viver pacificamente;
- ajudar o(s) próximo(s);
- terminar de usar o hidratante com cheiro de iogurte que comprei;
- ler de vez aqueles livros chatos;
- responder à tudo que esperam de mim.
afinal, é final de ano.
final de ano é um incentivo pra qualquer um.
final de ano indica que um novo ano branquinho vai começar, sem as manchas de suor,
suco e baba que a gente deixou nesse.
eu queria que o final de ano durasse pra sempre. aí a gente não precisaria se preocupar com os problemas do outro ano. e já teria cuidado dos problemas no nosso ano. e aí não teriam problemas, só aquelas coisinhas chatas de final de ano. é, ir ao médico, cortar cabelo, arrumar o quarto, quebrar o porco, organizar alguma coisa chata pra mamãe que nunca foi organizada e outros chuchus.mas é sempre bom. que aí a gente pensa que tudo vai ser diferente, só porque a gente tá trocando de calendário, comprou uma calça nova pro colégio e mudou o corte de cabelo. e no final das contas (e do ano) acaba tudo sempre igual, com a gente igual, os mesmos anseios,
os mesmos transtornos irresolvidos(víveis) e a mesma velhota que só vai morrer depois da gente. e ainda é rabugenta a safada...

- olha o respeito minino !

domingo, 9 de novembro de 2008

(sem) timentos

Tuas moedas não me provocam o amor
Nem me causam retrocessos obsoletos
Será o principio da mais suja distorção
De um fino Cortesão a um pobre plebeu
Hoje te dou o leve beijo endeusado
Depois subtilmente o golpe esturricado
É como a morte da alma; Deslumbrada.
Pague o preço e te levo as hodas trôpegas

Pague com seu sangue ... O preço de minha luxúria.

Mais Nada

eu digo que não me importo com a opinião alheia. mentira. no fundo, esses que dizem ser os mais auto-suficientes e pouco influenciáveis são aqueles que usam da negligência e da indiferença disfarçada pra serem um pouco mais admirados, por sua independência e personalidade forte.
sou um fracassado. que não consegue levar nada adiante,
mas vive criando novas metas,
sem ao menos tentar atingir metade delas.
que até quando tenta, não consegue. parece que, quanto mais indiferente eu fico, melhor.
porque não tive o trabalho de me preocupar e alcancei o meu objetivo.
quando não, quando tento me esforçar, nada dá certo e eu saio frustrado por ter perdido tempo em algo que eu nunca vou ter.
eu não faço nada pra mim. faço pros outros verem o quanto eu sou legal, esperto e desleixado.
só que isso não dá mais certo, esse desleixo de todos esses anos, deixou a marca da irresponsabilidade que eu vou ter que vencer, de qualquer forma.
pra ter aquilo que eu tento almejo: o reconhecimento, e mais nada.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Teu amor oportunista levou embora meu olhar de criança ...
Pilar da ponte de celeste levou subtilmente ...
Deixaste apenas um doce perfume sob minha pele.
Ainda moras em meus sonhos de criança.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Crianças

As crianças giram em torno de uma fantasia de merda
Tolices de merda por apenas um sorriso sublime
Paradoxalmente sublime
Irracionalmente elas estão em todos os lugares
Nas praças, nos shopings e em festas
Sim, até mesmo em festas
Mentindo suas identidades, assumindo outras
Fantasiando a luxuria como um papel de teatro
Olhe bem no fundo dos olhos destas crianças
Você verá perigo, e por baixo desta camada assustadora...
Encontrará um inútil ser imundo a molhar as calças
Um medo insano que o consome e o faz menor
Menor que eu; Menor que tudo
Um ego insensato e cotidianamente comum
Composto por fraquezas humanas e limites
Para as crianças, insuperável; Distante Distante de min e da fortaleza adulta...
Essas são as crianças!...
Dou lhes um doce barato em troca de seu respeito
E ficam mais doces que o próprio mel
Elas não são más pessoas; Elas só querem uma mãe
Ou uma rodinha de amigos fúteis para diverti-las
Pobres crianças... Adote uma criança!
Seja um benfeitor...Ou se preferir dê um belo e luxuoso doce...
ENVENENADO...